quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Convite enviado pelo colega Mateus

http://www.fundacaobienal.art.br/

Bienal convoca artistas para performance participativa
A 7ª Bienal do Mercosul está convidando artistas de todas as áreas para a performance participativa Musicircus, de John Cage. O evento vai acontecer no final de semana de abertura da 7ª Bienal, no Armazém A7 do Cais do Porto, no dia 17 de Outubro. A performance trata de atividades simultâneas de vários artistas dentro do mesmo espaço.
Esta será a primeira vez que Musicircus será apresentado no Brasil, desde que foi criado em 1967.
Os interessados em participar devem se inscrever até o dia 23 de setembro, enviando uma ou mais propostas de trabalho para serem realizadas em qualquer formato ou disciplina artística para o email musicircus@bienalmercosul.art.br.

As propostas de trabalho dos interessados deverão incluir:
• Nome, endereço, telefone e email. Nos casos de propostas dos grupos, fornecer detalhes de todos os participantes, indicando um membro responsável.
• Até doze obras que se propõe realizar, e para cada uma:
o Título do trabalho ou uma frase com a descrição da atividade
o Relação de instrumento(s)/ferramentas de trabalho
o Requisitos técnicos ou equipamento necessário (se houver)

Os artistas selecionados serão anunciados até o dia 1 de Outubro. O local de apresentação de cada artista dentro do Armazém A7, assim como o horário de cada apresentação, será estabelecido seguindo o princípio do I Ching. Cage utilizou em sua vida e trabalho este texto milenar chinês, que ficou conhecido no ocidente como "mudança" ou "mutação". O I Ching é compreendido e estudado tanto como um oráculo quanto como um livro de sabedoria. Mais informações clique aqui.

John Cage (1912 – 1992) foi um dos mais importantes e influentes músicos e compositores de vanguarda do período pós-guerra, talvez mais conhecido pela sua composição 4'33'', de 1952. Musicircus reúne muitos dos seus conceitos mais importantes e o principal objetivo da performance participativa é criar uma situação em que a criação artística e a experiência do público possam ser compartilhadas, sem ditar uma estética principal de um palco ou espaço cênico. Sua preocupação foi demonstrar, num contexto real de espetáculo, que a produção e a experiência da música devem ser processos colaborativos e inteiramente democráticos, onde ambas as partes não podem ser dominadas por egos. O resultado é um ambiente de improvisação simultânea, tanto de intérpretes quanto de público, onde cada indivíduo presente possui autonomia, ao mesmo tempo em que uma composição global de múltiplos estímulos acontece. O primeiro Musicircus ocorreu em 1967, na Universidade de Illinois. Desde então, essa performance foi realizada inúmeras vezes - em San Francisco, Chicago, Melbourne, e Londres, entre outras cidades, tanto antes como depois da morte de Cage

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

III Mostra de Música Contemporânea

Na quarta-feira passada, 2 de setembro de 2009, pudemos prestigiar a III Mostra de Música Contemporânea. Em seu terceiro ano de edição, a Mostra, idealizada e concebida pela compositora Cuca Medina contou com a organização de Kliah Stapk Stapk e da comissão organizadora do Música de POA (Abel Roland, Alexandre Fritzen da Rocha, Felipe Faraco e Marcelo Villena). Neste ano o espaço que acolheu a Mostra foi o Museu da UFRGS. O evento ocorreu no mezanino do Museu, em meio à exposição de astronomia “Em casa no universo”. A Mostra ainda teve apoio, além do Museu da UFRGS, do CME (Centro de Música Eletrônica da UFRGS).
O programa do concerto começou com uma obra para flauta doce e meios eletrônicos do compositor uruguaio Ulises Ferretti. Após, foi apresentada uma parte da ópera “Quetzalcoátl – Ópera Gastronômica” do compositor Marcelo Villena, com interpretação dos cantores Elisa Machado, Cuca Medina, Fábio Kremer e Francis Padilha, da flautista Cibele Endres Pereira (flauta-doce), da violista Claudine Abreu, do percussionista Diego Silveira (ceramofone), e do fagotista Adolfo Almeida Jr. A terceira obra do concerto foi uma composição para voz de Martinez Nunes chamada “Siglas”, peça interpretada pelas sopranos Claudine Abreu e Celina Del Mônaco, as mezzo-sopranos Cuca Medina e Flávia Furquim, o tenor Martinês Nunes e o baixo Marcelo Villena. A quarta peça foi uma canção de minha autoria, interpretada por Cuca Medina (mezzo-soprano) e por mim ao piano. A última obra foi uma composição de Cuca Medina para voz (interpretada pela própria compositora), vídeo e meios eletrônicos .
Após o concerto foi organizada uma mesa redonda aonde os compositores puderam falar sobre o seu processo criativo com a platéia.
O evento contou com um público de cerca de 60 pessoas.

Porto Alegre, 09 de setembro de 2009.
Alexandre Fritzen da Rocha.
(membro da comissão organizadora do Música de POA)